Olá galera.
Mais uma semana e estamos aqui novamente com o TERÇA:ON.
Essa semana comentarei sobre um assunto bastante polêmico mas que ninguém nota e praticamente todos vivemos dentro desse tema: o nosso consumismo sem limites.
Será que precisamos mesmo disso tudo que queremos, que temos, que nos é imposto, praticamente garganta abaixo?
Hoje o mundo tecnológico praticamente se recicla a cada mês. Somos inundados com novos produtos todo o tempo. A industria investindo pesado em propagandas para atrair o consumidor, jogando pesado na estratégia "se você não tem está por fora", e o consumidos, muitas vezes alienado, se deixa levar, ou por essas propagandas ou pelos vendedores, que muitas vezes não sabem nada sobre o que vendem mas mesmo assim empurram aquele produto para o comprador. Mas o vendedor só está fazendo sua parte, ele também precisa de trabalhar! Hehehe
Esse domingo tive uma discussão saudável com a Júlia sobre essa onda de consumismo louco que estamos vivendo. Até que ponto uma pessoa chega para se encaixar na sociedade? Será que ela precisa de isso tudo para ser aceita? Quanto disso é somente para manter o 'status'?
Recentemente foi lançado o iPhone 5, novo telefone da Apple, pelo preço entre de R$2499,00 podendo chegar em torno de R$3099,00. Pra mim esse preço é um absurdo, certamente não pagaria isso por um telefone, e olha que eu gosto bem dessas coisas tecnológicas, mas mesmo assim acho que não vale o preço.
As lojas começaram as vendas a meia noite do dia 14 de dezembro. Daí você pensa que somente alguns fanáticos estariam lá para comprar. Será?
Veja abaixo uma foto de uma loja da Vivo, antes de abrir as portas.
E abaixo, outra foto da mesma loja, a uma da manhã:
Eu fico me perguntando. Será que todo mundo ali realmente precisava de um telefone novo, ou só porque era o iPhone eles queriam um para se manter na modinha? Aposto que 90% do pessoal ali não usa e não sabe a metade dos recursos que o telefone oferece.
E outra, o iPhone do Brasil é o mais caro do MUNDO! Isso mesmo. Pagamos o maior preço por esse telefone no mundo todo!
Dei exemplo do iPhone mas isso vale pra muitos outros produtos. As TVs por exemplo, quantos modelos e marcas temos à disposição? Quantos tipos: LED; LCD; Plasma; New Plasma; SmartTV; 3D; 60, 120, 240 e agora 960 Hz. Tem coisa que eu nem sei pra que serve!!!
Isso vale pra jogos eletrônicos também. Você compra o jogo, umas 4 vezes para aproveitar bastante, depois não joga mais, e faz o que com ele? Deixa na gaveta, mofando, mas não vende, não empresta, nada. Junta tantos que vira isso aqui:
Beleza se você for um colecionador, mas se não for, desapega! Empresta, vende, doa, faça algo.
- Ah, mas vou perder muito dinheiro se vender!
Já está perdendo desde o momento que você pagou por ele na loja. Passou a ser um produto usado, como tudo na vida. A maioria dos produtos não agregam valores se forem usados.
Tá, se você for o Jimmy Page poderá vender sua Gibson por usada por um preço muito além do normal, caso contrario...
Gente, comprar, consumir é muito bom, mas melhor ainda é comprar algo e ser realmente útil, não usar uma vez e deixar pra lá. Analisar a real necessidade daquilo que pretende comprar e não comprar porque somente é uma moda, porque é lançamento ou porque aquilo exprime status.
E já parou pra pensar pra onde vai todo esse lixo tecnológico? Nem tudo é descartado de forma correta. Mas isso é assunto pra um outro dia.
E se esse ciclo de comprar, descartar e comprar novamente não for somente uma manipulação das industrias em prol do consumo. Hoje o pensamento é: "pra que consertar? É mais fácil comprar outro novo!"
Isso é a Obsolescência Programada, um termo que veio lá dos anos 30, quando, após a crise dos anos 20, os fabricantes diminuíram o ciclo de vida útil dos produtos, o que aumentava a produção, gerando mais empregos, levando também a diminuição dos preços dos produtos.
Até parece com o que vivemos nos dias de hoje, não?
Cito o exemplo das montadoras de automóveis. Lança um carro no começo do ano, no meio do ano o mesmo modelo já foi mudado, com isso muda o ano do modelo, e aquele carro que você comprou há 6 meses ja pertence ao passado. Isso inclui a depreciação do preço que você pagou, a dificuldade de revenda, pois já é um modelo usado e, em termos, ultrapassado.
Mas sempre tem lugar pra mais um. Carros usados, com mais de 15, 20 anos rodando nas ruas e ainda sendo vendidos!
As vezes me pergunto o porque de uma família com renda de R$1000,00 por mês compra um carro com parcelas de R$500,00, dividindo em parcelas "a perder de vista". Se for uma real necessidade tudo bem, mas só para luxo? Moro em uma cidade pequena e não vejo problema nenhum em andar a pé. Além de não poluir, ainda faço uma caminhada! Para mim o carro é um artigo para se usar, assim tênis e cueca, e não para ostentar luxo, já que fica bastante caro ter um.
Mas com tantos lançamentos e apelos publicitários, fica difícil resistir a tentação de estarmos sempre com os modelos mais novos, mais potentes.
Por isso, ponderem bastante antes de fazer uma compra, segure seu impulso de ter aquele produto novo só porque é lançamento.
O que você tem já não te serve mais? Esse que está comprando vai fazer o mesmo que o outro ou vai fazer melhor?
Então vamos maneirar no consumo impulsivo e besta, somente para satisfazer o ego e se encaixar no meio social.
Se quiser saber mais sobre Obsolescência Programada, deem uma olhada nesse artigo.
As fotos da loja da Vivo foram retiradas do Twitter do Mobile Xpert.
Um abraço galera! Até terça que vem, se o mundo não acabar, e boas festas!